quarta-feira, 19 de março de 2008

sexta-feira, 14 de março de 2008

Quem não viaja, fica!


VATES E VIOLAS
QUEM NÃO VIAJA, FICA

São muitos os caminhos poéticos trilhados por esses poetas e suas violas cantando pelas estradas da vida. Durante a jornada, o tempo passa e impõe suas lições. A experiência nos deixa melhores e mais conscientes. É assim, mais conscientes, que o Vates e Violas lança este Quem não viaja, fica, após dez mil cópias originais do disco anterior se espalharem.

Os poetas-irmãos Miguel Marcondes e Luiz Homero, que lideram o grupo, são mestres na arte da composição e vários intérpretes constantemente gravam suas músicas. Eles vivem um momento inspirado, a conferir em canções como Clorofila, Saudade boa e Além da vista, que evidenciam o aprimoramento adquirido numa história musical que começou ainda antes da formação do Vates e Violas, em 1997.

Não que falte experiência ao sanfoneiro Nido, ao Violeiro Passarim, ao baterista Cisso, ao baixista Afonso Marques ou aos percussionistas Toni Boy e André Pernambuco: todos são músicos com no mínimo vinte anos de estrada e trazem na bagagem currículuns respeitáveis. Onze anos juntos com praticamente a mesma formação trouxeram aos Vates e Violas o engrandecimento enquanto grupo, o que resulta em um som mais seguro e verdadeiro.

Para Miguel Marcondes: “É importante a banda fazer um disco que pode ser levado ao palco sem muita diferença do estúdio para não decepcionar nem confundir o público”. Mesmo sem deixar de usar os recursos de gravação, o Vates e Violas buscaram no Quem não viaja, fica uma sonoridade mais natural, que traduzisse o seu som verdadeiro.

As participações do disco chamam a atenção: Silvério Pessoa canta embolando na canção Um terço do Recife, Lula Côrtes com seu vozeirão participa do reggae Tibungo e com seu tricórdio em Ondinas e Maria José. Já Abdias Campos, parceiro em Ladeiras e carnavais, canta Mourão voltado em companhia de Miguel Marcondes e Luiz Homero.

Os Vates dão um passo adiante no percurso de sua carreira e refinam sua mistura de influências sertanejas, litorâneas e mundiais. Além do xote, do arrastapé e do baião, marcam presença o galope, a toada, o côco e a embolada, baladas, reggae e até repentismos roqueiros nas 13 faixas do disco.

Quem não viaja, fica é a certeza de que é necessário continuar caminhando nessa viagem que é a vida, e será lançado também nas regiões Sudeste e Sul, ampliando o raio de ação da arte produzida pelos Vates e Violas. A banda está fechando uma série de shows em Pernambuco e outros Estados para circular junto com disco pelo Brasil.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Nosso mestre Zé de Cazuza!

( Foto: Arquivo No Pé de Parede Jorge Filó)
José Nunes Filho, conhecido como ZÉ DE CAZUZA, é sem contestação, a figura no universo do Repentismo, no Nordeste.Nasceu aos 13 de dezembro de 1929, na Fazenda Boa-vista, no município de Monteiro, no Estado da Paraíba. Atualmente mora na Fazenda São Francisco, que herdou de seu pai, José Nunes de Souza-CAZUZA NUNES-fazendeiro e poeta. De estatura mediana, fala e voz firmes e claros, sorriso simples e espontâneo. Sua aparência física revela o tipo comum do homem nordestino, com um cero ar de humildade. ZÉ DE CAZUZA é, assim,um arquivo ambulante, um crítico inteligente e respeitado, um representante autêntico de uma cultura, cujas marcas distintivas são a oralidadee a improvisação.
Não há quem faça uma estimativa aproximada de quantos versos, narrativas e histórias de cantadores existem na cabeça de Zé de Cazuza, sabe-se que ele é capaz de passar dias declamando sem parar e sem repetir um só verso,conhecido com “Gravador Humano”, apelido adquirido por justa causa, no tempo em que era privilégio de poucos possuir um aparelho tecnológico capaz de gravar som e voz ao mesmo tempo. Recebeu o Título de Mestres das Artes por propositura da Secretaria de Educação e Cultura.
Alguns VERSOS DE ZÉ DE CAZUZA (José Nunes Filho)
Poeta, repentista, declamador, autor do livro POETAS ENCANTADORES
A mulher apareceu,
Apaixonei-me por ela,
Fui limpar ao nome dela,
Terminei sujando o meu.
Do teu riso e tuas frases,
Quisera sempre estar perto,
Teu amor foi um oásis,
Que surgiu no meu deserto.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

AMIGOS DA BANDA
(RONISIO E LEONARDO SIQUEIRA)
(Pierrot ou Arlequim)
VERSO: LEONARDO SIQUEIRA
Um Pierrot sem lágrimas pra colombina
Do Arlequim, amigo fiel
Usando, na vida, a magia do pincel
Que enche de cores a alegria da Catirina
Com a destreza de Lampião com a carabina
Faz da vida um celeiro de emoção
Por onde passa se faz recordação
E a saudade se faz um vendaval
Fez da vida um eterno carnaval
Se tornou Pierrot da solidão.
ou
Um Arlequim que não roubou a Colombina
Do Pierrot, é amigo de verdade
Que se prendeu, com maior sinceridade
Ao amor fiel da Catirina
Decidiu cumprir assim a sua sina
E escutar a sábia voz do coração
Um Arlequim sem viver uma paixão
Sofre a tormenta maior do temporal
Fez da vida um eterno carnaval
Se tornou Pierrot da solidão.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

DESCRIÇÃO DO GRUPO

O Grupo Musical Vates e Violas através de diferentes motivações viabiliza sua identidade cultural, que é desenhada por influências das coisas da vida, figuras ou elementos do sertão, feiras e festas regionais, paixão, poesia, paisagem, amizade. Mostra um espaço comum que configura respostas para a escolha da vida sertaneja e inquietações semelhantes. Eles usufruem a música com divertimento, prazer e amor. Divulgam e exercem uma filosofia de vida que os ajuda a se firmar como grupo coeso, construindo juntos um conhecimento da cultura do Nordeste.
AS GRAVAÇÕES
Com parceria em outras formações, chegaram a gravar dois vinis “Cantos e Cantigas”, em 1991 e “Vendavais”, em 1993. A partir da nova formação, em 2002 eles gravaram seu primeiro CD, “Tudo que é bom, presta”, firmando o nome Vates e Violas.
PROJETOS EM 2008
Os planos são do lançamento do novo CD no dia 10 de Abril em Recife "QUEM NÃO VIAJA FICA" de realizar shows em eventos culturais, como festas juninas, Festival de Inverno, bares, clubes e palcos ao ar livre. Fazer apresentações em eventos sociais (congressos nacionais e internacionais), num contexto em que o lazer e a cultura satisfazem as exigências do público.

A Banda
Miguel Marcondes – Violas e voz
Luis Homero – Zabumba de barro e voz
Xexéu Passarim – Violão e vocais
Afonso Marques – Baixo e vocais
Nido – Acordeom
Cissi – Bateria
Tony Boy – Percussão
André Pernambuco – Percussão
Contatos
Jorge Filó /
Site www.vateseviolas.com.br em breve

Miguel Marcondes e Luís Homero



Miguel Marcondes e Luís Homero, o primeiro na viola e cantoria; o segundo na zabumba de barro e na poesia, cresceram no sítio de seus avós no Sertão do Cariri, ouvindo cantorias de pé de parede. Manoel Filó, Jô Patriota, Louro do Pajeú, Manoel Xuxu, Zé de Cazuza são nomes que hoje servem para dar referência à formação dos músicos. Em Recife, no final dos anos 80, eles aumentaram sua bagagem com as informações que circulavam numa capital ainda morna, mas prestes a entrar em ebulição musical.Os irmãos Vates sustentaram humildemente sua proposta musical e suas origens, apesar da influência do movimento manguebeat de características urbanas e globais. Nesse cenário artístico dos anos 90, eles montaram o “De repente Bar”, recebiam para recitais e pequenos shows de músicos como Maciel Melo, Ortinho, Chico Science, Ivanildo Vilanova, Cátia de França, entre outros músicos, e foi a partir desses eventos que suas composições tornaram-se mais conhecidas. Cantores como o próprio Maciel, Flávio José, Amelinha, Anchienta Dali, Abdias Campos gravaram sas canções.

Vates e Violas

Líderes do Grupo Musical, os irmãos Miguel Marcondes e Luís Homero, filhos do Sertão do Cariri Paraibano, o Grupo Vates e Violas foi formado em Recife e tem a marca da espontaneidade e da originalidade em seu estilo suingado, azeitado, forró com muita viola, zabumba de barro e percussão.O Grupo Vates e Violas, portador de cultura formada em música, revela sociabilidade, representação do espaço e do tempo. A produção cultural dos músicos forma hábitos, estilos e atitudes capazes de demarcar a identidade do grupo. A música do Vates e Violas tem gosto de Sertão quando está florido e é grande a fartura das coisas boas de lá. Foram mais de 14 anos desde a gravação do primeiro LP, sem pressa de acontecer, mas com uma força musical intensa.Miguel Marcondes e Luís Homero, os Vates como são chamados, lideram este projeto, junto com uma banda de exímios tocadores. Tony Boy, Marcelo DuBreak, Afonso, Xexéu, André Pernambuco e Lico. Gente da “Quebrança”, influências do litoral que não passam despercebidas no som do Vates. Seja numa pegada maracatuzeira, como na introdução de Cabeleira Catolé ou num groove mais rock’n’roll, como em “O batuque da Porteira”, a ciranda, o reggae, o balanço é de forró, com todas as suas variações. O som do Grupo carrega a força do forró de viola sertanejo, apesar das “pegadas” litorâneas, numa mistura que não afeta o resultado final, que são músicas essencialmente regionais, simples, poéticas e originais.